Segundo informação dos cartazes publicitários da Super Bock, a situação do país mudou, desde o tempo em que era primeiro-ministro o senhor que agora partiu para o “exílio político” em Bruxelas. Com efeito, ao contrário do que então se anunciava, Portugal hoje já não está “de tanga” (com a pouca vergonha do governo actual, já devia estar era despido de todo...)... agora é-nos dito que “o país está de Tango”!
Bom... e o apelo a experimentar a novidade vem mesmo a calhar, nesta altura em que os dias crescem e o primeiro calor primaveril pede algo de fresquinho. Da malta das cervejas nos intervalos, alguém quer alinhar? (Zé Paulo)
Do RESISTIR:
"Já há cerca de 17 mil mutilados estadunidenses da guerra do Iraque. No entanto, os media corporativos não os mostram. Nos EUA, ou em Portugal, é como se não existissem. Os media pasteurizados da classe dominante esmeram-se na arte da desinformação e do encobrimento da realidade. As imagens destes pobres mutilados, recrutados entre as classes sociais baixas dos EUA, são chocantes. Elas mostram o custo humano da guerra bárbara que o imperialismo desencadeou no Iraque. Mas, ao serem vistas, não se deverá esquecer que as principais vítimas destes três anos de guerra estão entre o heróico povo iraquiano e não na tropa agressora. As imagens estão em: http://www.voltairenet.org/article136827.html (impróprio para pessoas sensíveis). "
(Porque a antropologia deve atender a todas as perspectivas...)
Informam-se todos os Lunáticos que hoje decorrerá um eclipse da Terra. Fenómeno astronómico de inegável interesse científico, cultural e estético, ele ocorre quando na sua órbita o nosso astro, a Lua, se interpõe entre o Sol e a Terra. A sombra que deste alinhamento dos astros então se projecta escurece o planeta azul, eclipsando-o por alguns momentos.
Não percam este formidável fenómeno de uma beleza ímpar.
Próximos eclipses da Terra prevêem-se para quando ocorrer de novo um semelhante alinhamento dos três astros, ou quando os terráqueos decidirem definitivamente dar cabo do seu belo planeta, verificando-se então um eclipse total e permanente... (Zé Paulo, digo, Lunático de visita aqui a Marte)
(Se o caderninho do Delegado não tiver incorrecções...)
Assinale-se hoje outra comemoração, com os...
...PARABÉNS ao JOÃO RIBEIRO!!!
Um Muito Feliz Aniversário e Felicidades é o que te deseja este teu camarada e amigo (e todos, suponho)!
Quando no início do mês redigi aqui uma breve agenda alternativa a um calendário de “datas relevantes” proposto pelo Ferraz, elenquei também uma lista dos aniversários que sabia ocorrerem em Março. Propositadamente omiti um deles, porque, julgando tratar-se de um frequentador habitual (?) aqui do nosso espaço, quis guardar as felicitações para serem dadas “pessoalmente”, no próprio dia. Assim, mesmo que não tão próximos como nos tempos das aulas (lá haveria outro pretexto para mais um copo, num intervalo...), talvez também nunca estejamos tão distantes que nos não lembremos da malta. Vai aparecendo e dando notícias. (Zé Paulo)
Dos acasos das disponibilidades ou da falta delas, da imaginação ou da sua ausência, se vão fazendo (ou não) os artigos deste espaço. A ideia de aproveitar os dias comemorativos disto ou daquilo para se escrever algo, como já aconteceu atrás, pode não ser original, mas sempre permite aparecer, no pouco tempo que se tem, e tentar dar uma ponta de originalidade (?) àquilo que se quer dizer.
Ora, sexta-feira foi o dia do estudante e logo quando se impunha comemorar (mas quem é que ainda é estudante aqui?!...), não houve tempo, “engenho”, nem “arte” para tanto.
Ontem foi o dia do teatro e mil e uma ideias poderiam ter despontado para se celebrar a data. Mas na linha do que lemos em Goffman, Peter Burke ou Balandier (este na perspectiva do poder), como não aproveitar para felicitar também todos os actores que há em nós mesmos e desejar que desempenhemos bem todos os papéis que nos cabem nesse grande palco que é o mundo e a vida? E como Nietzsche, lembremo-nos que talvez a vida e o mundo só tenham sentido enquanto fenómenos estéticos...(Zé Paulo, ou um qualquer Didi, ou Gogo, talvez não apenas no dia do teatro...)
Aproveitemos as efemérides do calendário para irmos pensando nas questões importantes que assinalam. E dêmos a palavra a quem melhor sabe da preciosidade deste bem, a que alguns já chamaram o “ouro do Século XXI”. (Zé Paulo)
“Fui à fonte beber água
achei um raminho verde
quem o perdeu tinha amores
(quem o perdeu tinha amores)
quem o achou tinha sede
Dá-me uma gotinha de água
dessa que eu oiço correr
entre pedras e pedrinhas
(entre pedras e pedrinhas)
alguma gota há-de haver
Alguma gota há-de haver
quero molhar a garganta
quero cantar como a rola
(quero cantar como a rola)
como a rola ninguém canta
A água da fonte corre
limpa clara fresca e pura
assim correm os meus olhos
(assim correm os meus olhos)
para a tua formosura”
Cantadores de Aldeia Nova de S. Bento com
Ronda dos Quatro Caminhos, em “Terra de Abrigo”
face=Arial>(“Liberdade”, Vieira da Silva)
face=Arial> No dia mundial das florestas e da poesia, para que não esqueçamos que precisamos de umas e de outra como do ar que nos rodeia, que ambas purificam e tornam mais respirável... (Zé Paulo)
Depois dos novos bombardeamentos no Iraque.....
"E cada piloto d'elite com bombas & napalm debaixo das asas
E cada piloto do céu abençoando os bombardeiros na descolagem
E cada Departamento do Estado de qualquer super estado
vendendo armas aos dois campos
E a todos que matam e matam e matam & matam pela Paz
ergo o dedo do meio
na única saudação que merecem"
Lawrence Ferlinghetti, in A Boca da Verdade
bonecarussa
Andei aqui às voltas mas consegui, não parece o nosso "sitio", que estranho, mas é giro. Ando aqui a fazer experiências....vamos a ver.
SAUDADE:
Ah, todo o cais é uma saudade de pedra!
E quando o navio larga do cais
E se repara de repente que se abriu um espaço
Entre o cais e o navio,
Vem-me, não sei porquê, uma angústia recente,
Uma névoa de sentimentos de tristeza
Que brilha ao sol das minhas angústias relvadas
Como a primeira janela onde a madrugada bate,
E me envolve como uma recordação duma outra pessôa
Que fôsse misteriosamente minha.
Álvaro de Campos (Ode Marítima)
bonecarussa