Ponto de encontro da turma da noite de antropologia, do ISCTE, 2001-2005
Segunda-feira, 30 de Janeiro de 2006
Por falar em antropologia
Aproveitando o intenso debate (?!) e a participação expressiva (?!?!) do pessoal nos últimos tempos, e passado o tema das mais tumultuosas contendas políticas, proponho que mudemos o assunto e façamos, de vez em quando, um regresso a casa. Por falar em antropologia é o título que sugiro para uma rubrica em que cada um poderá lançar um tema (de antropologia, já agora...) à reflexão e discussão da malta. Já vai passando o tempo sobre o fim do nosso curso, e penso que nunca será de mais este esboço de regresso de filhos pródigos. Assim, para dar o exemplo, deixo a primeira achega...
Uma das questões mais perenes da antropologia parece ser a da angústia do etnógrafo perante os sujeitos que estuda: conseguirá ele observá-los from the native point of view, identificar-se num singular movimento de osmose, apesar de assim correr o risco de por lá se perder?
Ou, noutro extremo, nos olhos do seu interlocutor o etnógrafo consegue apenas ver o seu reflexo, não se tratando nunca senão de observar, pensar e descrever a si mesmo?
Num outro contexto, operando uma significativa revolução (como Copérnico) na forma de conceber o conhecimento, dizia Kant que só conhecemos [a priori] das coisas o que nós mesmos nelas pomos. Mas a ser assim, o que pode trazer o antropólogo da sua jornada etnográfica? E que resposta podemos dar à provocação de Roberto da Matta, que afirma que cada antropólogo tem o nativo que merece, de modo que, para antropólogos paranóicos, existem tribos paranóicas; a estudiosos místicos, correspondem sociedades crentes e, last but not the least, a etnólogos incompetentes nativos do mesmo teor (citado por VERDE, Filipe, in Etnográfica, Vol. I (1), 1997, pp. 113-131).
E já agora, que tipo de nativo cada um de vocês pensa que poderia encontrar / merecer, numa eventual aventura etnográfica?! (Zé Paulo)
Domingo, 29 de Janeiro de 2006
Batem leve Levemente
Batem leve, levemente
Como quem chama por mim
Será chuva? Será gente?
Gente não é certamente
E a chuva não bate assim
É talvez ventania
Mas à pouco, à poucochinho
Nem uma agulha bolia
Na quieta melancolia
Dos pinheiros do caminho
Quem bate assim levemente
Com tão estranha leveza
Que mal se ouve, mal se sente
Não é chuva, nem é gente
Nem é vento com certeza
Fui ver. A neve caía,
Do azul cinzento do céu
Branca e leve,
Branca e fria.
Olho-a através da vidraça
Pôs tudo cor de vidro
Passa gente e quando passa
Os passos imprimem traços
Na brancura do caminho.
Autor: Augusto Gil
Sábado, 28 de Janeiro de 2006
CONCERTO DO DUO ACUSTIBAND
SÁBADO, DIA 4 DE FEVEREIRO, ÀS 16H30, NO MUSEU DA MÚSICA
Foi em 1993 que resolvi formar um duo cuja finalidade seria a execução de um repertório instrumental variado e multifacetado adaptado para duas guitarras. Para este efeito convidei o meu amigo Herculano Afonso que, de imediato, aderiu ao projecto. A coisa começou a tomar forma e em 15 de Novembro de 1998 o duo tomou o nome de ACUSTIBAND.
O repertório, integralmente executado com 2 guitarras electro-acústicas, que vai desde a música tradicional portuguesa aos standards, dos Beatles a Glenn Miller, dos Deep Purple a Mozart , contempla também alguns originais etc.
No próximo dia 4 de Fevereiro às 16h30 vamos dar um concerto no Museu Música. Este Museu fica na estação do metro do Alto dos Moinhos (linha azul) na ala poente. Inaugurado em 26 de Julho de 1994 possui uma extraordinária colecção de instrumentos alguns deles de incrível beleza. Se nunca lá foram, já deviam ter ido. Aproveitem e visitem-no no dia 4 de Fevereiro. Porque o concerto se vai realizar no espaço do museu é necessário o pagamento da entrada que é de 2 euros (1 euro para reformados, professores, estudantes e cartão jovem). Espero que apareçam.
Sérgio Fonseca
www.tradicionalis.blogspot.com
250 Anos de Encanto
A este Homem quero preitear e sublinhar a minha admiração. jferraz
I HAVE A DREAM
Fim do Mito Cavaco, a pedido de vários indigenas, venha o sonho que nos alimenta. 183 milhões de euros. jferraz
Quarta-feira, 25 de Janeiro de 2006
Elsa Arruda
Hoje é um dia de viragem. Sabes como é a lei da vida, inexorável, mas como ontem, também hoje estamos contigo. A amizade e a solidariedade é a de sempre e continua para além de AA2 - AB2 - AC2 -AD2
jferraz
Terça-feira, 24 de Janeiro de 2006
Ressaca eleitoral II lições de vida e cidadania
Só é vencido quem desiste de lutar. Mário Soares
Na mesma noite em que alguns palradores triunfalistas decretaram a morte do soarismo, esta frase do candidato ficou como exemplo maior de uma atitude cívica de entrega e generosidade.
Independentemente do que de bom ou mau se possa dizer de Soares, oxalá nos próximos anos pudéssemos aprender com o novo presidente uma ínfima parte do que aprendemos com ele, em termos de cidadania e cultura política. Infelizmente não me parece, mas os sábios do horário nobre declaram a morte do soarismo, talvez um sinal dos tempos... (cf. artigos de Eduardo Lourenço no Público e de Clara Ferreira Alves na Revista do Expresso, na passada semana, sobre Soares) (Zé Paulo)
Ressaca eleitoral I o bolo rei
(um pouco atrasado, mas ainda a tempo de refrear os ânimos ao Ferraz)
O homem que há dez anos atrás se engasgava a mastigar uma fatia de bolo rei reaparece agora com novo brilho. Talvez se prepare para cantar de galo, agora que já não se engasga. Mas claro que não se engasga, saiu-lhe o brinde! Pena é que a fatia com a fava tenha saído ao Zé Povinho!
Parabéns senhor Presidente! (Zé Paulo)
Domingo, 22 de Janeiro de 2006
Temos Rei!!!
Acabei agora o período de reflexão, entro no período de exaltação!! jferraz
Sábado, 21 de Janeiro de 2006
Estou em Reflexão
Durante as proximas 36 horas, devido à incerteza eleitoral que me atormenta, estou em reflexão. Agradeço não seja importunado. jferraz